O Espírito do Soberano Senhor está sobre mim porque o Senhor ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros, para proclamar o ano da bondade do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; para consolar todos os que andam tristes, e dar a todos os que choram em Sião uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto, e um manto de louvor em vez de espírito deprimido. Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para manifestação da sua glória. (Isaías 61:1-3)
Irmãos, o meu desejo neste editorial é compartilhar o testemunho do meu chamado pastoral.
Quando pensamos em chamado (vocação), precisamos entender que ele é particular e muito íntimo. A palavra vocação vem do Latim VOCATIO, “um chamamento”, de VOCATUS, “pessoa chamada”, de VOCARE, “chamar”, de VOX, “voz, som, chamado, grito, fala”. Mas este chamado para a vocação pastoral não é um anúncio de alto falante dentro de uma loja chamando para o caixa livre. Estamos falando de algo muito mais profundo, particular e íntimo.
Lembro que uma das primeiras reflexões que tive sobre o texto de Isaías 61:1-3 ocorreu através de uma canção de Wesley e Marlene, “Carvalho de Justiça”, que ao ouvir me levou a entender o quanto este chamado era profundo. A partir de então, Deus começou a falar muito forte comigo e de várias maneiras. Nesta época, eu já pregava na igreja, evangelizava, participava de forma integral em quase todas as atividades eclesiásticas. Claro que isso não me difere de você, meu irmão, uma vez que todos somos chamados por Deus para uma vocação universal que é fazer discípulos. Mas na verdade eu já sabia que não era só isso o que Deus tinha para mim e que ardia no meu coração algo diferente.
Um longo período se passou para que o Senhor confirmasse o chamado pastoral para minha vida, até que Ele mesmo foi retirando do meu coração as coisas que impediam a sua sequência e veio a concretização. Na verdade, porque às vezes pensamos que já estamos prontos, mas não estamos. Sabe aquele episódio em que Pedro disse que iria com Jesus até a morte, porém, na primeira situação o negou?
Eu sabia que evangelizando nas cracolândias, praças, ruas, levando pessoas para o centro de tratamento para dependentes químicos, Deus me chamava para cuidar de pessoas, proteger das falsas doutrinas, guiar as ovelhas para o pasto correto. Enfim, era como se eu não tivesse escolha e todas as coisas convergiram para uma confirmação. Hoje, tenho a tranquilidade de saber que não sou capaz e que não é pelas minhas forças que o ministério acontece. Porém, que Deus é quem nos capacita e fortalece.
O meu chamado pastoral se iniciou através de Isaías 61:1-3. Por favor, leia novamente! Pois foi o que ardeu em meu coração!
No Mês do Pastor, quero chamar sua atenção para entender que a principal atribuição de quem é chamado para pastorear é pregar a Palavra de Deus com fidelidade, ensinando e cuidando do rebanho que o Senhor lhe confiou.
Quero aproveitar e parabenizar o nosso Pastor Presidente Jedaias Azevedo, que tem alimentado, protegido e guiado as ovelhas da Igreja Batista do Olho d’Água.
ANDRÉ ISRAEL
Líder dos Pequenos Grupos da Iboa