“Ao contrário dos outros sumos sacerdotes, Ele não tem necessidade de oferecer sacrifícios dia após dia, primeiro por seus próprios pecados e, depois, pelos pecados do povo. E Ele fez isso de uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu.” (Hebreus 7:27).

Estamos completando, em 2017, 500 anos da reforma da igreja. Nossos irmãos em Cristo, enfrentando a cultura da sociedade da época, o poder do estado e da igreja, que eram extremamente autoritários, cumpriram a missão de demonstrar o modo correto como a Bíblia deveria ser interpretada. Embora com algumas divergências menores, todos os grandes reformadores buscavam colocar Jesus Cristo, e não o papa, como centro.

O trecho da Bíblia acima trazido fundamenta um dos objetos de forte crítica feita pelos reformadores sobre a igreja oficial da época. Isso porque, à luz dessa passagem, era necessário partir da ideia de Cristo como o centro de toda a fé, porque Ele é o Messias que veio ao mundo para nos salvar. Sem Ele, certamente nossa situação seria diferente, e bem pior.

Nesse ponto, cumpre destacar que, na época da reforma (por volta dos anos 1500), sabe-se que havia o entendimento por parte da igreja oficial da necessidade de realização de ritos sacrificiais que tinham o objetivo de eliminar os pecados das pessoas. Partia-se do entendimento que esses sacrifícios humanos seriam indispensáveis para a obtenção da salvação em Cristo.

Ocorre que, conforme a Bíblia, o sacrifício – suficiente -, defendido pelos reformadores já tinha sido feito por Jesus. Foi Ele que através do seu sangue nos justificou diante de Deus. E isso não foi obra merecida pelos seres humanos, mas sim fruto da inteira e soberana graça do Senhor. Ademais, foi feita porque Ele nos amou primeiro, ainda que saibamos que não merecemos, nem de muito longe, esse amor.

É interessante lembrar que essa passagem de Hebreus mencionada acima busca retratar os sacerdotes levíticos da época de Cristo. Esse trecho pode ser complementando por outra passagem também de Hebreus (10:11), que afirma: “Dia após dia, todo sacerdote apresenta-se e exerce os seus deveres religiosos; repetidamente oferece os mesmos sacrifícios, que nunca podem remover os pecados”. E, logo em seguida, conclui: “Mas quando este sacerdote (Jesus!) acabou de oferecer, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus. Daí em diante, ele está esperando até que os seus inimigos sejam colocados como estrado dos seus pés” (Hebreus 10:12,13).

Portanto, queridos, aleluia! Cristo nos salvou para eternidade. Bastar crer nEle como único e suficiente Salvador! Não precisamos mais nos sacrificar para adquirir qualquer pleito benéfico de Deus. Ele, por sua graça, já nos concedeu. Boa semana a todos.

Lucas Banhos – 1 ° Vice Presidente

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