“Pois a inconstância dos inexperientes os matará, e a falsa segurança dos tolos os destruirá; mas quem me ouvir viverá em segurança e estará tranqüilo, sem temer nenhum mal”. (Provérbios 1:32,33)
Para muitos crentes, mesmo que convictos e profundos conhecedores da Palavra do Senhor, é extremamente difícil não cair em tentação com o desejo de ser muito rico, colocando isso como prioridade de vida. De fato, a circunstância de ser rico não afronta as Escrituras. Porém, a riqueza deve ser acompanhada de cuidados por parte do crente em Jesus.
É certo que há exemplos tanto no antigo como também no novo testamento de crentes em Deus ricos. Abraão é um excelente exemplo no antigo testamento e Nicodemos é um exemplo no novo testamento. A partir disso, conclui que ser rico, por si só, não é pecado. Aliás, a riqueza do cristão pode e deve ser instrumento para abençoar aqueles mais pobres, pois se Deus deu essa bênção da prosperidade financeira, certamente foi para ser compartilhada, não devendo ser instrumento do egoísmo.
Ocorre que o autor do livro de Provérbios, conforme trecho trazido acima, alerta que a sensação de riqueza pode trazer para o rico uma falsa segurança e, inevitavelmente, a confiança nessa riqueza e não em Deus. Não é por outro motivo que Agur afirma, também no livro de Provérbios, que: “Mantém longe de mim a falsidade e a mentira; Não me dês nem pobreza nem riqueza; dá-me apenas o alimento necessário. Se não, tendo demais, eu te negaria e te deixaria, e diria: ‘Quem é o Senhor? ’ Se eu ficasse pobre, poderia vir a roubar, desonrando assim o nome do meu Deus.” (Provérbios 30:8,9)
Davi, no livro de Salmos, chega a afirmar que pensava que estava seguro com todo seu poder. Porém, é conhecida a sua história com BateSeba, mulher de Urias. Segue o respectivo trecho acima mencionado: “Quando me senti seguro, disse: “Jamais serei abalado! Senhor, com o teu favor, deste-me firmeza e estabilidade; mas, quando escondeste a Tua face, fiquei aterrorizado.” (Salmos 30:6,7).
Não precisa ser um grande sociólogo para concluir que a prosperidade traz efeito positivo; por exemplo, oferecer conforto maior para si e para seus próximos. Porém, ela também traz efeitos negativos.
Um desses negativos efeitos é o sentimento pessoal de superioridade em relação aos demais, esquecendo-se da soberania de Deus e de que Ele quem o capacitou com habilidades para auferir a prosperidade. Eis a condição para cair em tentação, pois na medida em que entendemos que somos os únicos responsáveis pelo sucesso, excluindo a soberania do Senhor, caímos, por exemplo, no pecado do orgulho.
Penso, em breve síntese, que os meios para ser diligente na prosperidade são a busca por Deus pela leitura da Sua Palavra, a oração e a vigília. Essas três orientações são eficientes contra as tentativas do inimigo de nos fazer cair em pecado, pois, com a leitura da Palavra, tem-se notícia das orientações de Deus. A oração, traz entendimento da Sua Palavra e, por fim, a vigília, que é a arma para não cairmos em tentação.
Boa semana a todos!
Lucas Banhos – 1º Vice Presidente